Star Trek (2009), de J.J. Abrams. Com Chris Pine.
É preciso abandonar todos os conceitos de ficção científica que existam e expandir a mente para se entreter no reinício de uma das séries de filmes (e seriados também) de maior sucesso na área. Star Trek recomeça com o pé direito essa nova coletânea no meio sci-fi do cinema. Com poucas atuações convincentes e alguns astros de blockbusters com interpretações risíveis, o filme caminha sozinho com uma narrativa convincente e agradável, mas abusa nos exageros. E é só isso que impede que o filme não avance para uma grande história, sobre a inimizade entre Kirk (vivido pelo jovem ator Chris Pine) e Spock (Zachary Quinto, mais conhecido pelo personagem Sylar, da série Heroes). Eles têm que se unir contra o vilão maior, para atingir a paz universal. A grande sacada do filme foi convidar o ator octagenário Leonard Nimoy, que, na saga do Jornada nas Estrelas dos anos 80 e início de 90, viveu o Capitão Spock. Uma lembrança singela e significativa aos áureos tempos da ficção científica. A parte técnica da produção é talvez o melhor do longa, que sabe englobar todo tipo de espectador, dos fãs aos iniciantes.
Avaliação: 7,5
Tá chovendo hamburguer (2009), de Phil Lord e Chris Miller.
É muito complicado julgar animação, pois nunca se sabe para quem é o foco. Se é para as crianças que assistem ou para os pais que acompanham ou para ambos. Poucos conseguem a proeza de entretar a todos. E Tá chovendo hamburguer não foge à essa regra. A trama começa de forma criativa e envolvente: um jovem cientista fracassa em mais um de seus loucos experimentos, causando transtorno a todos os moradores de sua cidade esquecida. Mas uma estranha mutação na experiência provoca uma chuva de comida, o que acaba satisfazendo a todos. Essa premissa é, sem dúvida, interessante. Mas, ao subestimar demais o espectador e pretender mais do que pode, a narrativa acaba caindo no marasmo e não avança mais que isso em sua trama.
Avaliação: 6,0
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Duas corridas com obstáculos
Iniciando o ano do "Após o The End" só agora, duas críticas de filmes produzidos no ano que passou. Feliz 2010!
Jean Charles (2009), de Henrique Goldman. Com Selton Mello.
Essa biografia narra a infeliz trajetória do mineiro Jean Charles em Londres, que resultou em um terrível equívoco por parte das autoridades policiais inglesas. Selton Mello (O auto da compadecida e Meu nome não é Johnny) interpreta sem erros e sem defeitos o brasileiro imigrante que vai pra Inglaterra em busca de trabalho, dinheiro e diversão. Mas infelizmente essa obra não consegue alcançar o tremendo impacto que o incidente repercutiu por todo o mundo. Não há muito empenho para incluir o espectador à história e alguns personagens (ou atores, talvez) não têm a carisma suficiente. Merece destaque a atuação de Luis Miranda (da série Sob nova direção) para as cenas de drama e de humor.
Avaliação: 6,0
Preciosa (2009), de Lee Daniels. Com Gabourey Sidibe.
Sem dúvida, o acerto do ano! Preciosa é uma verdadeira aula de vida, misturada a doses fortes de cenas chocantes e metáforas esperançosas. O filme independente conta com várias estreias que serão de grande importância para o futuro do cinema. Como o diretor Lee Daniels, em seu primeiro trabalho. Ou a jovem Gabourey Sidibe, começando nas telas agora, ao viver a obesa analfabeta negra, com dois filhos (ambos frutos do abuso sexual de seu pai) e agredida frequentemente pela mãe. Outra que merece aplausos de pé é Mo´nique, que incrementa ainda mais o drama como a mãe bruta e ignorante. O longa tinha tudo para ser apenas mais um dramalhão que força o espectador às lágrimas, mas toda a história é tão bem encaminhada e dirigida, que aguça a sensibilidade máxima de todos. No mínimo, um presente lacrado para os cinéfilos que não se incomodam com cenas fortes, mas que se emocionam com promessas de esperança.
Avaliação: 10
Jean Charles (2009), de Henrique Goldman. Com Selton Mello.
Essa biografia narra a infeliz trajetória do mineiro Jean Charles em Londres, que resultou em um terrível equívoco por parte das autoridades policiais inglesas. Selton Mello (O auto da compadecida e Meu nome não é Johnny) interpreta sem erros e sem defeitos o brasileiro imigrante que vai pra Inglaterra em busca de trabalho, dinheiro e diversão. Mas infelizmente essa obra não consegue alcançar o tremendo impacto que o incidente repercutiu por todo o mundo. Não há muito empenho para incluir o espectador à história e alguns personagens (ou atores, talvez) não têm a carisma suficiente. Merece destaque a atuação de Luis Miranda (da série Sob nova direção) para as cenas de drama e de humor.
Avaliação: 6,0
Preciosa (2009), de Lee Daniels. Com Gabourey Sidibe.
Sem dúvida, o acerto do ano! Preciosa é uma verdadeira aula de vida, misturada a doses fortes de cenas chocantes e metáforas esperançosas. O filme independente conta com várias estreias que serão de grande importância para o futuro do cinema. Como o diretor Lee Daniels, em seu primeiro trabalho. Ou a jovem Gabourey Sidibe, começando nas telas agora, ao viver a obesa analfabeta negra, com dois filhos (ambos frutos do abuso sexual de seu pai) e agredida frequentemente pela mãe. Outra que merece aplausos de pé é Mo´nique, que incrementa ainda mais o drama como a mãe bruta e ignorante. O longa tinha tudo para ser apenas mais um dramalhão que força o espectador às lágrimas, mas toda a história é tão bem encaminhada e dirigida, que aguça a sensibilidade máxima de todos. No mínimo, um presente lacrado para os cinéfilos que não se incomodam com cenas fortes, mas que se emocionam com promessas de esperança.
Avaliação: 10
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Dois interesses ocultos
Avatar (2009), de James Cameron. Com Sam Worthington.
Ação, romance e visual impressionante repetem a dose no novo filme de James Cameron, que, junto com Titanic e O exterminador do futuro, entra na consagrada filmografia do diretor. Após passar doze anos recluso no sucesso do romance de Jack e Rose, Jim retorna às telas para contar uma nova (será?) história de amor, dessa vez entre povos de raças distintas. Jake Sully é um ex-fuzileiro paraplégico que decide "trocar de corpo" e se transformar em uma criatura estranha para se infiltrar na raça humanóide Na´vi e conhecer suas culturas e outros interesses secretos. Mas, após conhecer Neytiri, princesa desse povo, seu foco muda, abandonando a missão a que lhe fora dada. O enredo meio capenga, maniqueísta e recheada de clichês consegue ainda agradar a muitos, mesmo sendo simples, previsível e você passe metade do tempo pensando "eu já vi isso em algum lugar...". Mas o que encanta de verdade em Avatar são as imagens transmitidas por esse mundo novo de Cameron. Não há quem não se encante por Pandora, ambiente surreal e impressionante, repleto de detalhes e singularidades de encher os olhos de fascínio. Sem dúvida, o filme sairá como grande vencedor dos prêmios técnicos do Oscar 2010. Digno de respeito aos fanáticos da ficção científica.
Avaliação: 7,5
Capote (2005), de Bennett Miller. Com Philip Seymour Hoffman.
Philip Seymour Hoffman (Patch Adams - O amor é contagioso e Dúvida) é Truman Capote, um escritor de livros homossexual que, para escrever sua obra de maior sucesso, decide investigar um misterioso assassinato em uma cidade interiorana. Mas, ao entrevistar os principais suspeitos na prisão, para obter total veracidade, acaba firmando fortes laços com eles. O filme é recente ainda, mas já pode ser considerado um clássico do cinema biográfico, devido à impressionante atuação de Philip Seymour, que, de acordo com os que tiveram em contato com o autor em vida, está idêntico ao real. O longa ainda conta com alguns fatores positivos, como a ajudante de Truman, interpretada por Catherine Kenner (Na natureza selvagem e O virgem de 40 anos), ou a trilha sonora delicada, que ajudam a compor um cenário convencional, mas que criam um clima de suspense que perdura por toda a trama, até o desfecho de sucesso.
Avaliação: 7,0
Feliz ano novo e nos vemos em 2010!
Ação, romance e visual impressionante repetem a dose no novo filme de James Cameron, que, junto com Titanic e O exterminador do futuro, entra na consagrada filmografia do diretor. Após passar doze anos recluso no sucesso do romance de Jack e Rose, Jim retorna às telas para contar uma nova (será?) história de amor, dessa vez entre povos de raças distintas. Jake Sully é um ex-fuzileiro paraplégico que decide "trocar de corpo" e se transformar em uma criatura estranha para se infiltrar na raça humanóide Na´vi e conhecer suas culturas e outros interesses secretos. Mas, após conhecer Neytiri, princesa desse povo, seu foco muda, abandonando a missão a que lhe fora dada. O enredo meio capenga, maniqueísta e recheada de clichês consegue ainda agradar a muitos, mesmo sendo simples, previsível e você passe metade do tempo pensando "eu já vi isso em algum lugar...". Mas o que encanta de verdade em Avatar são as imagens transmitidas por esse mundo novo de Cameron. Não há quem não se encante por Pandora, ambiente surreal e impressionante, repleto de detalhes e singularidades de encher os olhos de fascínio. Sem dúvida, o filme sairá como grande vencedor dos prêmios técnicos do Oscar 2010. Digno de respeito aos fanáticos da ficção científica.
Avaliação: 7,5
Capote (2005), de Bennett Miller. Com Philip Seymour Hoffman.
Philip Seymour Hoffman (Patch Adams - O amor é contagioso e Dúvida) é Truman Capote, um escritor de livros homossexual que, para escrever sua obra de maior sucesso, decide investigar um misterioso assassinato em uma cidade interiorana. Mas, ao entrevistar os principais suspeitos na prisão, para obter total veracidade, acaba firmando fortes laços com eles. O filme é recente ainda, mas já pode ser considerado um clássico do cinema biográfico, devido à impressionante atuação de Philip Seymour, que, de acordo com os que tiveram em contato com o autor em vida, está idêntico ao real. O longa ainda conta com alguns fatores positivos, como a ajudante de Truman, interpretada por Catherine Kenner (Na natureza selvagem e O virgem de 40 anos), ou a trilha sonora delicada, que ajudam a compor um cenário convencional, mas que criam um clima de suspense que perdura por toda a trama, até o desfecho de sucesso.
Avaliação: 7,0
Feliz ano novo e nos vemos em 2010!
domingo, 27 de dezembro de 2009
Dois senhores solitários
Cidadão Kane (1941), de Orson Welles. Com Orson Welles.
O que falar de um dos filmes mais importantes para a história do cinema? Não há dúvida e não há ninguém que conteste o tremendo sucesso que a história de Charles Kane causou à indústria cinematográfica há mais de cinquenta anos e que se mantém inalteradamente imortal com o passar das décadas. Blockbusters vêm, adaptações vão, e ainda assim a trama criada pelo ator, diretor e roteirista Orson Welles (Verdades e mentiras e Baladas à meia-noite) continua no alto do pódio das melhores produções. Logo no início, já se nota o ar de mistério que o filme traz, ao ser pronunciada a última palavra da vida de Charles Kane: Rosebud. A busca pelo seu significado fará um jornalista determinado a investigar todo o passado do falecido, mostrando a partir de diários e depoimentos toda a construção do imenso império erguido do nada pelo milionário e que, ainda assim, vivia uma vida solitária e triste. Espetáculo em todos os sentidos, o filme é muito mais que só um filme. É uma obra-prima com muita inteligência e que realmente prende a atenção do espectador para o maior enigma que o cinema já proporcionou: O que é Rosebud?
Avaliação: 9,0
Encontros e desencontros (2003), de Sofia Coppola. Com Bill Murray.
Sofia Coppola (As virgens suicidas e Maria Antonieta) lançou seu filme de maior sucesso em um ano com grandes estreias, como o terceiro volume do Senhor dos Anéis ou o nacional Cidade de Deus. Mas, mesmo com essa intensa competição no mercado, ela conseguiu seu lugar na lista dos melhores de 2003 e alavancou sua carreira de maneira significativa. No entanto, há de convir que o mais ilustre em Encontros e desencontros está no elenco, e não no roteiro. Bill Murray (As panteras e Feitiço do tempo), como o talentoso e solitário ator que viaja à Tóquio para fazer um comercial de uísque, e Scarlett Johansson (Vicky Cristina Barcelona e A ilha), como a esposa do fotógrafo workaholic, brilham pelas ruas e restaurantes do Japão. O enredo gira basicamente ao redor da estranha amizade que surge entre eles e que, mesmo demorando para acontecer, reserva algumas surpresas até o final do filme. Sem prolongar muito, a história é conveniente a quem quer sair do marasmo dos longas com muita pirotecnia e pouco assunto. Vale a pena conferir, se não pelos atores ou pela história, que sejam pelas belas paisagens de Tóquio.
Avaliação: 6,5
O que falar de um dos filmes mais importantes para a história do cinema? Não há dúvida e não há ninguém que conteste o tremendo sucesso que a história de Charles Kane causou à indústria cinematográfica há mais de cinquenta anos e que se mantém inalteradamente imortal com o passar das décadas. Blockbusters vêm, adaptações vão, e ainda assim a trama criada pelo ator, diretor e roteirista Orson Welles (Verdades e mentiras e Baladas à meia-noite) continua no alto do pódio das melhores produções. Logo no início, já se nota o ar de mistério que o filme traz, ao ser pronunciada a última palavra da vida de Charles Kane: Rosebud. A busca pelo seu significado fará um jornalista determinado a investigar todo o passado do falecido, mostrando a partir de diários e depoimentos toda a construção do imenso império erguido do nada pelo milionário e que, ainda assim, vivia uma vida solitária e triste. Espetáculo em todos os sentidos, o filme é muito mais que só um filme. É uma obra-prima com muita inteligência e que realmente prende a atenção do espectador para o maior enigma que o cinema já proporcionou: O que é Rosebud?
Avaliação: 9,0
Encontros e desencontros (2003), de Sofia Coppola. Com Bill Murray.
Sofia Coppola (As virgens suicidas e Maria Antonieta) lançou seu filme de maior sucesso em um ano com grandes estreias, como o terceiro volume do Senhor dos Anéis ou o nacional Cidade de Deus. Mas, mesmo com essa intensa competição no mercado, ela conseguiu seu lugar na lista dos melhores de 2003 e alavancou sua carreira de maneira significativa. No entanto, há de convir que o mais ilustre em Encontros e desencontros está no elenco, e não no roteiro. Bill Murray (As panteras e Feitiço do tempo), como o talentoso e solitário ator que viaja à Tóquio para fazer um comercial de uísque, e Scarlett Johansson (Vicky Cristina Barcelona e A ilha), como a esposa do fotógrafo workaholic, brilham pelas ruas e restaurantes do Japão. O enredo gira basicamente ao redor da estranha amizade que surge entre eles e que, mesmo demorando para acontecer, reserva algumas surpresas até o final do filme. Sem prolongar muito, a história é conveniente a quem quer sair do marasmo dos longas com muita pirotecnia e pouco assunto. Vale a pena conferir, se não pelos atores ou pela história, que sejam pelas belas paisagens de Tóquio.
Avaliação: 6,5
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Dois males da humanidade + Bônus de Natal
Começando pelas duas críticas rotineiras e, depois, uma crítica antiga publicada na revista virtual Desenredos.
Notas sobre um escândalo (2006), de Richard Eyre. Com Judi Dench.
Esse drama polêmico-"disfarçado" esteve nas listas dos melhores de 2006. E todo elogio é pouco diante dessa grande obra. A partir de monólogos internos e más interpretações de gestos e situações, é narrada a história de Barbara Covett, vivida por Judi Dench (Shakespeare apaixonado e Iris). Barbara é uma professora ginasial que conhece Sheba Hart, representada por Cate Blanchett (O curioso caso de Benjamin Button e Elizabeth), colega de trabalho que se envolve com um aluno de sua classe. Sheba tem seu segredo descoberto por Covett, mas essa mostra-se bastante carente por amizade e concorda em não revelá-lo, contanto que ambas possam ser confidentes uma da outra. Mas a obsessão e os ciúmes podem trazer sérias consequências para elas. O filme é, em si, a prova de cinema inteligente e, como se não bastasse, os outros elementos ajudam a torná-lo ainda mais especial, como a dupla principal (nada menos que perfeitas interpretações) e a trilha sonora que se encaixa brilhantemente com as imagens fortes.
Avaliação: 9,5
Amadeus (1984), de Milos Forman. Com F. Murray Abraham.
Desde que começa o longa, já se sabe que não é qualquer filme que veremos. A obra-prima que nos é mostrada é algo que está devidamente à altura do grande homenageado: Wolfgang Amadeus Mozart. Ambientado na Viena do século XVIII, a trajetória do insano Amadeus é contada em flashback pelo então idoso e suicida Antonio Salieri (aqui interpretado por F. Murray Abraham, de Scarface e Poderosa Afrodite). As interpretações são uns dos pontos mais fortes da trama, que conta a relação de Mozart (vivido por Tom Hulce, visto também em Frankestein de Mary Shelley e Mais estranho que a ficção) com a Corte, com sua dedicada e bela esposa e com o falso e invejoso Salieri. É quase impossível fazer qualquer comentário logo após assistir à essa verdadeira obra de arte, que conta com detalhes simplesmente perfeitos, como a direção de arte, os figurinos e a maquiagem. Enfim, a recriação da época, encabeçada pelo diretor Milos Forman (Hair e Um estranho no ninho) é no mínimo de brilhar os olhos do espectador. Todo o espetáculo é de uma inteligência e elegância que impressiona. Digno de aplausos em pé e várias revisitações à melhor biografia já feita na história do cinema.
Avaliação: 8,5
Canções de amor (2008), de Christophe Honoré. Com Louis Garrel.
Elaborar um roteiro é uma árdua tarefa. Se for um roteiro musical torna-se ainda mais difícil. E criar um com músicas que já existem é um alvo fácil para críticas ácidas. Prova disso são os recentes Across the Universe (de Julie Taymor, 2007) e Mamma Mia! (de Phyllida Lloyd, 2008), que não alcançaram o sucesso estimado. Mas a partir do que é cantado em um dos musicais acima, “com todos os erros devemos estar sempre aprendendo”, Canções de amor comprova que realmente aprendeu. A história de dor e redenção seria facilmente esquecida se tivesse caído em mãos erradas. Mas com o diretor em ascensão Christophe Honoré (Em Paris e A bela Junie), o filme ganhou novos ares. Pode-se até dizer que há dois protagonistas na tela: Ismaël e Jeanne, vividos respectivamente por Louis Garrel (Os sonhadores e A fronteira da alvorada) e Chiara Mastroianni (dubladora de Marjane Satrapi, na premiada animação Persépolis). Ambos não sabem conviver com a perda de uma pessoa em comum, mas, enquanto ele persiste em continuar vivendo sua vida com novos amores, ela encontra-se sem conseguir avançar nem retroceder. O filme, que esteve na lista especial do Festival de Cannes de 2008, proporciona momentos únicos e originais, os quais impressionaram muitos críticos, desde a melancólico abertura, que mostra as ruas movimentadas no crepúsculo de Paris, até os créditos, com a conveniente música da cantora francesa Bárbara, Ce Matin (“eu fui ao bosque para colher amoras para ti, meu amor, para ti”). Mas, melhor do que as atuações, as locações e o enredo intenso, as músicas de Alex Beaupain funcionam muito mais do que só para completar diálogos. Transpõem sentimentos que, por vezes, a simples conversa não é suficiente. Enfim, essa fórmula bem-elaborada (que conta com competentes direção de arte, fotografia e montagem), consegue atingir seu objetivo: fazer um filme simples, mas com uma mensagem bastante profunda. Cabe apenas a cada um descobrir qual é essa mensagem.
Notas sobre um escândalo (2006), de Richard Eyre. Com Judi Dench.
Esse drama polêmico-"disfarçado" esteve nas listas dos melhores de 2006. E todo elogio é pouco diante dessa grande obra. A partir de monólogos internos e más interpretações de gestos e situações, é narrada a história de Barbara Covett, vivida por Judi Dench (Shakespeare apaixonado e Iris). Barbara é uma professora ginasial que conhece Sheba Hart, representada por Cate Blanchett (O curioso caso de Benjamin Button e Elizabeth), colega de trabalho que se envolve com um aluno de sua classe. Sheba tem seu segredo descoberto por Covett, mas essa mostra-se bastante carente por amizade e concorda em não revelá-lo, contanto que ambas possam ser confidentes uma da outra. Mas a obsessão e os ciúmes podem trazer sérias consequências para elas. O filme é, em si, a prova de cinema inteligente e, como se não bastasse, os outros elementos ajudam a torná-lo ainda mais especial, como a dupla principal (nada menos que perfeitas interpretações) e a trilha sonora que se encaixa brilhantemente com as imagens fortes.
Avaliação: 9,5
Amadeus (1984), de Milos Forman. Com F. Murray Abraham.
Desde que começa o longa, já se sabe que não é qualquer filme que veremos. A obra-prima que nos é mostrada é algo que está devidamente à altura do grande homenageado: Wolfgang Amadeus Mozart. Ambientado na Viena do século XVIII, a trajetória do insano Amadeus é contada em flashback pelo então idoso e suicida Antonio Salieri (aqui interpretado por F. Murray Abraham, de Scarface e Poderosa Afrodite). As interpretações são uns dos pontos mais fortes da trama, que conta a relação de Mozart (vivido por Tom Hulce, visto também em Frankestein de Mary Shelley e Mais estranho que a ficção) com a Corte, com sua dedicada e bela esposa e com o falso e invejoso Salieri. É quase impossível fazer qualquer comentário logo após assistir à essa verdadeira obra de arte, que conta com detalhes simplesmente perfeitos, como a direção de arte, os figurinos e a maquiagem. Enfim, a recriação da época, encabeçada pelo diretor Milos Forman (Hair e Um estranho no ninho) é no mínimo de brilhar os olhos do espectador. Todo o espetáculo é de uma inteligência e elegância que impressiona. Digno de aplausos em pé e várias revisitações à melhor biografia já feita na história do cinema.
Avaliação: 8,5
Canções de amor (2008), de Christophe Honoré. Com Louis Garrel.
Elaborar um roteiro é uma árdua tarefa. Se for um roteiro musical torna-se ainda mais difícil. E criar um com músicas que já existem é um alvo fácil para críticas ácidas. Prova disso são os recentes Across the Universe (de Julie Taymor, 2007) e Mamma Mia! (de Phyllida Lloyd, 2008), que não alcançaram o sucesso estimado. Mas a partir do que é cantado em um dos musicais acima, “com todos os erros devemos estar sempre aprendendo”, Canções de amor comprova que realmente aprendeu. A história de dor e redenção seria facilmente esquecida se tivesse caído em mãos erradas. Mas com o diretor em ascensão Christophe Honoré (Em Paris e A bela Junie), o filme ganhou novos ares. Pode-se até dizer que há dois protagonistas na tela: Ismaël e Jeanne, vividos respectivamente por Louis Garrel (Os sonhadores e A fronteira da alvorada) e Chiara Mastroianni (dubladora de Marjane Satrapi, na premiada animação Persépolis). Ambos não sabem conviver com a perda de uma pessoa em comum, mas, enquanto ele persiste em continuar vivendo sua vida com novos amores, ela encontra-se sem conseguir avançar nem retroceder. O filme, que esteve na lista especial do Festival de Cannes de 2008, proporciona momentos únicos e originais, os quais impressionaram muitos críticos, desde a melancólico abertura, que mostra as ruas movimentadas no crepúsculo de Paris, até os créditos, com a conveniente música da cantora francesa Bárbara, Ce Matin (“eu fui ao bosque para colher amoras para ti, meu amor, para ti”). Mas, melhor do que as atuações, as locações e o enredo intenso, as músicas de Alex Beaupain funcionam muito mais do que só para completar diálogos. Transpõem sentimentos que, por vezes, a simples conversa não é suficiente. Enfim, essa fórmula bem-elaborada (que conta com competentes direção de arte, fotografia e montagem), consegue atingir seu objetivo: fazer um filme simples, mas com uma mensagem bastante profunda. Cabe apenas a cada um descobrir qual é essa mensagem.
domingo, 20 de dezembro de 2009
Duas mudanças de hábito
O estranho mundo de Jack (1993), de Henry Selick.
Henry Selick é um diretor de cinema especializado em dirigir animações. Prova disso é a sua curta lista, que conta com sucessos como O estranho mundo de Jack, James e o pêssego gigante e Coraline e o mundo secreto. Sem dúvida a direção é seu ponto forte, mas, como todos os cineastas, ele tem um calcanhar de Aquiles: seus roteiros. As idéias são boas, criativas e inusitadas. No entanto, seu desenvolvimento falha na ambição de criar uma história muito original e acaba sendo pretensioso demais. "Jack" comprova esse fato. O filme começa com o "mestre do terror" Jack em mais um Halloween, na Cidade do Halloween. Mas de longe está satisfeito com essa forma de viver. Durante uma peregrinação para fugir da sua realidade, ele encontra a Cidade do Natal e descobre essa belíssima festividade, cheia de luzes e encanto, como deve ser. Mas a má compreensão do verdadeiro espírito natalino pode trazer graves consequencias. Indubtavelmente, um clássico da animação stop-motion, mas falho no desenrolar.
Avaliação: 7,0
Julie & Julia (2009), de Nora Ephron. Com Meryl Streep.
Logo no início da trama, dois núcleos já são divididos. O da fabulosa Meryl Streep e o da (pode-se dizer) aqui decadente Amy Adams. As duas brilharam juntas em Dúvida e aqui dividem as telas novamente, mas não com a mesma intensidade. Não mesmo. Ainda mais que o filme é salvo apenas pela excelente atuação de Streep, que ao que tudo indica receberá sua 17ª indicação ao Oscar e sua 3ª estatueta. Ela é Julia Child, que em 1948 muda-se para Paris com o marido (Stanley Tucci, um pouco ofuscado, mas bem interpretado) e busca uma distração para seus momentos de ócio, encontrando na culinária seu talento. Adams é Julie Powell, vive no século XXI e não se sente nada feliz com seu emprego como telefonista de uma agência de seguros. Como forma de escapar de uma vida chata e fútil, tem a ideia de testar todas as receitas do livro da Julia e publicar suas experiências em um blog. Não há muito o que dizer do filme. O roteiro responsável pela ala de Julie foi muito mal construído, servindo apenas para provar que ela é uma personagem que não foi bem arquitetada. O que é um déficit horrível para a diretora, pois são duas longas e desgastantes horas de filme, em que metade poderia ser facilmente descartada. Quem sabe um filme só sobre Julia Child seria mais prazeroso de assistir...
Avaliação: 6,0
Henry Selick é um diretor de cinema especializado em dirigir animações. Prova disso é a sua curta lista, que conta com sucessos como O estranho mundo de Jack, James e o pêssego gigante e Coraline e o mundo secreto. Sem dúvida a direção é seu ponto forte, mas, como todos os cineastas, ele tem um calcanhar de Aquiles: seus roteiros. As idéias são boas, criativas e inusitadas. No entanto, seu desenvolvimento falha na ambição de criar uma história muito original e acaba sendo pretensioso demais. "Jack" comprova esse fato. O filme começa com o "mestre do terror" Jack em mais um Halloween, na Cidade do Halloween. Mas de longe está satisfeito com essa forma de viver. Durante uma peregrinação para fugir da sua realidade, ele encontra a Cidade do Natal e descobre essa belíssima festividade, cheia de luzes e encanto, como deve ser. Mas a má compreensão do verdadeiro espírito natalino pode trazer graves consequencias. Indubtavelmente, um clássico da animação stop-motion, mas falho no desenrolar.
Avaliação: 7,0
Julie & Julia (2009), de Nora Ephron. Com Meryl Streep.
Logo no início da trama, dois núcleos já são divididos. O da fabulosa Meryl Streep e o da (pode-se dizer) aqui decadente Amy Adams. As duas brilharam juntas em Dúvida e aqui dividem as telas novamente, mas não com a mesma intensidade. Não mesmo. Ainda mais que o filme é salvo apenas pela excelente atuação de Streep, que ao que tudo indica receberá sua 17ª indicação ao Oscar e sua 3ª estatueta. Ela é Julia Child, que em 1948 muda-se para Paris com o marido (Stanley Tucci, um pouco ofuscado, mas bem interpretado) e busca uma distração para seus momentos de ócio, encontrando na culinária seu talento. Adams é Julie Powell, vive no século XXI e não se sente nada feliz com seu emprego como telefonista de uma agência de seguros. Como forma de escapar de uma vida chata e fútil, tem a ideia de testar todas as receitas do livro da Julia e publicar suas experiências em um blog. Não há muito o que dizer do filme. O roteiro responsável pela ala de Julie foi muito mal construído, servindo apenas para provar que ela é uma personagem que não foi bem arquitetada. O que é um déficit horrível para a diretora, pois são duas longas e desgastantes horas de filme, em que metade poderia ser facilmente descartada. Quem sabe um filme só sobre Julia Child seria mais prazeroso de assistir...
Avaliação: 6,0
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Especial: Indicados ao Globo de Ouro 2010
Tradicionalmente, o Globo de Ouro premia os melhores do ano em cinema e TV algumas semanas antes do Oscar. Talvez por isso seja considerado o termômetro para o grande evento dos filmes. Entre erros e acertos, o Globo de Ouro ajuda desde já a moldar como será a cerimônia de 2010. Hoje, 15 de dezembro, foram divulgados os indicados e em 17 de janeiro, ocorrerá a premiação. Abaixo a lista dos indicados, com o(s) nome(s) em destaque ao favorito do ano. E vamos aos indicados, por categoria:
Melhor filme | Drama
Avatar
Guerra ao terror
Bastardos inglórios
Preciosa
Amor sem escalas
A surpresa desse ano está em Avatar, que até semana passada estava fraco na disputa. A história de amor entre um humano e uma alienígena gerou 4 indicações ao filme do mesmo diretor de Titanic, James Cameron. Guerra ao Terror é possivelmente o melhor filme da guerra no Iraque já feita, contando a história de um grupo de soldados à véspera da volta para casa. Bastardos inglórios mostra a história da Segunda Guerra sendo recontada como a vingança dos judeus aos nazistas. Preciosa trata sobre uma adolescente afro-descendente, obesa, pobre, analfabeta e violentada pela mãe. Uma história de esperança. Por último, Amor sem escalas é outra surpresa, pois o natural seria vê-lo em melhor comédia. É a história de um conselheiro profissional que tem como metas alcançar um milhão de milhas em vôos e trabalhar em uma misteriosa agência. Por incrível que pareça, é o favorito do ano.
Melhor filme | Comédia ou Musical
(500) dias com ela
Se beber, não case
Simplesmente complicado
Julie & Júlia
Nine
(500) dias com ela é uma deliciosa comédia amorosa sobre um garoto que se apaixona e uma garota que quer só curtir. Pode ser que vença, pois está em quase todas as listas de melhores do ano. Se beber, não case talvez seja o mais fraquinho da categoria. A história cheia de confusões em uma badalada noite de solteiros em Las Vegas é o chamado tapa-buraco. Simplesmente complicado trata da interessante relação ente dois homens que competem pelo amor da mesma mulher. Julie & Júlia é um caso a se pensar, pois mesmo com a crítica desaprovando duramente o filme, continua sempre nas listas de melhores do ano. Fala sobre Júlia, uma culinarista que se dedida à culinária francesa e escreve um livro de receitas, e Julie, uma desempregada que decide testar todas elas. E Nine, a espera do ano desde o primeiro trailer apresentado, é um musical do mesmo diretor de Chicago (Rob Marshall) que conta a história de um diretor de cinema às voltas com todas as mulheres de sua vida, desde sua amante até a falecida mãe. Promete!
Melhor diretor
Kathryn Bigelow | Guerra ao terror
James Cameron | Avatar
Clint Eastwood | Invictus
Jason Reitman | Amor sem escalas
Quentin Tarantino | Bastardos inglórios
A Sra. Bigelow já pode ensaiar seu discurso quando subir ao palco, pois praticamente o Globo de Ouro e o Oscar já são seus. O interessante é a disputa familiar que tem nessa categoria, pois James Cameron (diretor de Titanic e Exterminador do Futuro) é ex-marido da Kathryn. Briga pesada! Mais uma vez Clint Eastwood (Menina de ouro, A troca e Sobre meninos e lobos) vai ficar sentado na mesa vendo outra pessoa subir lá para pegar o prêmio... Jason Reitman volta à ativa depois do sucesso de Juno, mas parece que ele ainda não tem o diferencial de outros diretores renomados. Só falta isso, Jason! E Mestre Tarantino (Pulp Fiction e os dois volumes de Kill Bill) também vai ficar só na vontade, mesmo sendo um grande cineasta. Contente-se com seu prêmio de Cannes, Tarantino!
Melhor ator | Drama
Jeff Bridges | Crazy Heart
George Clooney | Amor sem escalas
Colin Firth | A single man
Morgan Freeman | Invictus
Tobey Maguire | Entre irmãos
Até agora sem favoritos, as opiniões divergem sobre quem é o melhor ator de 2009. Para início de conversa, era para Jeremy Renner, ator estreante de Guerra ao terror estar na lista. Mas colocaram Tobey Maguire (Peter Parker, em Homem-Aranha) só para fazê-lo perder, pois suas chances são mínimas. Até o quase esquecido Nelson Mandela de Morgan Freeman (Menina de ouro e Antes de partir) tem mais chances que o Maguire... Sem rancores! A disputa está mesmo entre "o cantor de country bêbado e fracassado" de Jeff Bridges (Homem de ferro), "o professor universitário gay que lamenta a morte de seu companheiro" de Colin Firth (O diário de Bridget Jones e Simplesmente amor) e "o conselheiro empresarial viajante" de George Clooney (11 homens e 1 segredo e Conduta de risco). Resta esperar...
Melhor atriz | Drama
Emily Blunt | The young Victoria
Sandra Bullock | O lado cego
Helen Mirren | The last station
Carey Mulligan | Educação
Gabourey "Gabby" Sidibe | Preciosa
Outra que já pode ficar de pé quando anunciarem as indicadas à categoria: Carey Mulligan, a nova princesinha de Hollywood. A jovem de 24 anos interpreta uma jovem de 16 anos, que vive em Londres em 1861. Ela vive um dilema após conhecer um charmoso de homem de 30 e poucos anos, pois terá que decidir se segue o aprendizado formal de Oxford ou a educação ensinada pela vida. Profundo! Diante da magnitude da atuação de Mulligan, ao resto basta apenas um breve comentário: Sandra Bullock é a treinadora de um adolescente pobre que se torna jogador de futebol, Emily Blunt é a rainha Victoria no início do poder e Helen Mirren é Sofya Tolstoy num filme sobre o escritor Leo Tolstoy. Destaque para Gabourey Sidibe em seu papel de estréia como a adolescente pobre, gorda e burra e que está arrancando muitas lágrimas dos críticos.
Melhor ator | Comédia ou Musical
Matt Damon | O desinformante!
Daniel Day Lewis | Nine
Robert Downey Jr. | Sherlock Holmes
Joe Gordon Levitt | (500) dias com ela
Michael Stuhlbarg | Um homem sério
Bom, favorito ainda não há. Talvez porque quasenão interesse ao Oscar essa categoria. Mas se fosse para apostar em alguém, seria ou Daniel Day Lewis (Gangues de Nova York e Sangue negro) como "o diretor e suas várias mulheres" ou Michael Stuhlbarg que está no novo (e bizarro) filme dos irmãos Coen (Onde os fracos não tem vez e Queime depois de ler). Michael é um homem que está cheios de problemas, como o divórcio, o emprego frustrante como professor e o irmão que mora com ele. Tudo tende ao limite da loucura! Sobre os demais: Matt Damon (Gênio indomável) é um atrapalhado espião que investiga uma fábrica de milhos, Robert Downey Jr. (Trovão tropical e Homem de ferro) é mais um Sherlock Holmes e Joe Gordon Levitt (10 coisas que eu odeio em você) é o tal garoto apaixonado, em uma primorosa atuação.
Melhor atriz | Comédia ou musical
Sandra Bullock | A proposta
Marion Cotillard | Nine
Julia Roberts | Duplicidade
Meryl Streep | Simplesmente complicado
Meryl Streep | Julie & Júlia
Ano de Meryl Streep (O diabo veste Prada e Dúvida)!! Ela como Júlia Child está no mínimo sublime! Anotem aí! Mas as outras são muito boas também. Sem desmerecer ninguém. Sandra Bullock como a canadense que tem que casar para não ser deportada, a Marion Cotillard (Piaf - Um hino ao amor e Inimigos públicos) perfeita como a mulher do diretor Guido Contini, Julia Roberts linda como uma agente da CIA e... OH! Meryl Streep de novo! Dessa vez em um vértice de um triângulo amoroso! Mas esse é o ano de Júlia Child!
Melhor ator coadjuvante
Matt Damon | Invictus
Woody Harrelson | The messenger
Christopher Plummer | The last station
Stanley Tucci | Um olhar do paraíso
Christoph Waltz | Bastardos inglórios
É um ano de três favoritos para ator coadjuvante! Primeiro os "sem-chance" Matt Damon, vivendo um treinador de futebol durante o governo de Nelson Mandela, e Christopher Plummer, como o Leo Tolstoy. Já entre os mais bem-aventurados está Woody Harrelson (2012 e Onde os fracos não têm vez), que em The Messenger é Tony Stone, um dos homens do governo que noticiam falecimentos às famílias do soldados que estão no Iraque. Stanley Tucci (O diabo veste Prada) brilha no novo filme de Peter Jackson (trilogia O Senhor dos anéis), que conta a história de uma menina assassinada que acompanha do céu a forma como sua família segue suas vidas. E por último o iniciante e já experiente Christoph Waltz, que encarna o Coronel nazista Hans Landa e toda a crueldade que possa suportar. Christoph recebeu o prêmio de melhor ator no festival internacional de Cannes e é quase aposta certa ao Oscar. Surpresa foi não ver Alfred Molina (Homem-Aranha 2 e Frida) na lista, pois ele está brilhante em Educação. Quem sabe no Oscar...
Melhor atriz coadjuvante
Penélope Cruz | Nine
Vera Farmiga | Amor sem escalas
Anna Kendrick | Amor sem escalas
Mo´nique | Preciosa
Julianne Moore | A single man
Outra categoria difícil, pois ambas se destacaram bem em ambientes aos quais não estão acostumadas. Anna Kendrick saiu de Crepúsculo especialmente para Amor sem escalas e a jovem está recebendo muitos elogios como o par de George Clooney no longa. Mo´nique é outro peixe fora d´água, pois ela é uma comediante que queria ser atriz. E logo em um dos seus primeiros papéis, pegou o de uma mãe irritada que bate na filha com uma panela (frigideira, para ser mais específico). Sua ascensão de prestígio está rendendo muitos prêmios à ela. Já as outras merecem imenso respeito pelas suas atuações, tal como Penélope Cruz (Abraços partidos e Vicky Cristina Barcelona) sendo a amante de Guido Contini. Ou Vera Farmiga ao lado de George Clooney. E até Julianne Moore (Ensaio sobre a cegueira) toda bela apoiando o amigo professor homossexual.
Melhor roteiro
Distrito 9
Guerra ao terror
Simplesmente complicado
Amor sem escalas
Bastardos inglórios
É complicado escolher algum deles, mas acho que vai sair ou Guerra ao terror ou Amor sem escalas. É difícil dizer, pois os críticos apóiam muito mais um roteiro bem escrito a um bem bolado...
Melhor filme de animação
Tá chovendo hamburguer
Coraline e o mundo secreto
O fantástico Sr. Raposo
A princesa e o sapo
Up - Altas aventuras
Por um lado, há o brilhantismo da Pixar, um tanto quanto ofuscado nesse novo trabalho. Do outro há a imensa propaganda feita ao redor do Sr. Raposo. Mas vamos por parte. Tá chovendo hamburguer é a história de um bem-intencionado cientista que deseja acabar com a fome no mundo, mas acaba gerando graves consequências. Coraline e o mundo secreto conta a fantástica saga de uma jovem que encontra um outro mundo similar ao seu em uma portinha de sua casa. O Fantástico Sr. Raposo é sobre uma família de raposas que está sendo perseguida por um grupo de fazendeiros. A princesa e o sapo revoluciona ao apresentar a primeira princesa negra da história da Disney. A Disney volta às origens, fazendo um filme em 2D. E Up - altas aventuras conta a triste história de um velhinho que monta balões no telhado de sua casa e levanta voo rumo à América do Sul.
Melhor filme de língua estrangeira
Báaria | Itália
Abraços partidos | Espanha
A criada | Chile
O profeta | França
A fita branca | Alemanha
O vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes versus o novo filme do Almodóvar. A tensão está possivelmente entre esses dois filmes. Báaria é do mesmo diretor de Cinema Paradiso e trata de três gerações de famílias na Itália. Abraços partidos é sobre um roteirista de cinema cego que relembra sua história de amor vivida há 14 anos, depois que um fantasma do seu passado o assombra. A criada narra a história de uma repulsiva babá que não gosta de concorrência no seu emprego. Um profeta trata sobre um presidiário esperto que se envolve com lutas de gangues. E A fita branca conta os estranhos acontecimentos que acontecem em uma pequena cidade da Alemanha, em uma época próxima à Primeira Guerra Mundial.
Melhor trilha musical
Up - Altas aventuras
O desinformante!
Avatar
A single man
Onde vivem os monstros
Difícil argumentar acerca disso, mas a partir do que já foi mostrado, Up e A single man têm grandes potencias.
Melhor canção
Cinema Italiano - Nine
I want to come home - Todos estão bem
I see you - Avatar
The weary kind - Crazy Heart
Winter - Entre irmãos
Os gêneros variaram muito nessa categoria, mas os que mais se destacaram foram Cinema Italiano, cantada por Kate Hudson, e Winter, pela banda irlandesa U2. As outras são bonitas, mas não surpreendem tanto. Como as tristes I want to come home, do Paul McCartney, e I see you, de Leona Lewis. Ou a country melancólica The weary kind, de Ryan Bingham.
Bom pessoal, até a próxima atualização. Divirtam-se!
Melhor filme | Drama
Avatar
Guerra ao terror
Bastardos inglórios
Preciosa
Amor sem escalas
A surpresa desse ano está em Avatar, que até semana passada estava fraco na disputa. A história de amor entre um humano e uma alienígena gerou 4 indicações ao filme do mesmo diretor de Titanic, James Cameron. Guerra ao Terror é possivelmente o melhor filme da guerra no Iraque já feita, contando a história de um grupo de soldados à véspera da volta para casa. Bastardos inglórios mostra a história da Segunda Guerra sendo recontada como a vingança dos judeus aos nazistas. Preciosa trata sobre uma adolescente afro-descendente, obesa, pobre, analfabeta e violentada pela mãe. Uma história de esperança. Por último, Amor sem escalas é outra surpresa, pois o natural seria vê-lo em melhor comédia. É a história de um conselheiro profissional que tem como metas alcançar um milhão de milhas em vôos e trabalhar em uma misteriosa agência. Por incrível que pareça, é o favorito do ano.
Melhor filme | Comédia ou Musical
(500) dias com ela
Se beber, não case
Simplesmente complicado
Julie & Júlia
Nine
(500) dias com ela é uma deliciosa comédia amorosa sobre um garoto que se apaixona e uma garota que quer só curtir. Pode ser que vença, pois está em quase todas as listas de melhores do ano. Se beber, não case talvez seja o mais fraquinho da categoria. A história cheia de confusões em uma badalada noite de solteiros em Las Vegas é o chamado tapa-buraco. Simplesmente complicado trata da interessante relação ente dois homens que competem pelo amor da mesma mulher. Julie & Júlia é um caso a se pensar, pois mesmo com a crítica desaprovando duramente o filme, continua sempre nas listas de melhores do ano. Fala sobre Júlia, uma culinarista que se dedida à culinária francesa e escreve um livro de receitas, e Julie, uma desempregada que decide testar todas elas. E Nine, a espera do ano desde o primeiro trailer apresentado, é um musical do mesmo diretor de Chicago (Rob Marshall) que conta a história de um diretor de cinema às voltas com todas as mulheres de sua vida, desde sua amante até a falecida mãe. Promete!
Melhor diretor
Kathryn Bigelow | Guerra ao terror
James Cameron | Avatar
Clint Eastwood | Invictus
Jason Reitman | Amor sem escalas
Quentin Tarantino | Bastardos inglórios
A Sra. Bigelow já pode ensaiar seu discurso quando subir ao palco, pois praticamente o Globo de Ouro e o Oscar já são seus. O interessante é a disputa familiar que tem nessa categoria, pois James Cameron (diretor de Titanic e Exterminador do Futuro) é ex-marido da Kathryn. Briga pesada! Mais uma vez Clint Eastwood (Menina de ouro, A troca e Sobre meninos e lobos) vai ficar sentado na mesa vendo outra pessoa subir lá para pegar o prêmio... Jason Reitman volta à ativa depois do sucesso de Juno, mas parece que ele ainda não tem o diferencial de outros diretores renomados. Só falta isso, Jason! E Mestre Tarantino (Pulp Fiction e os dois volumes de Kill Bill) também vai ficar só na vontade, mesmo sendo um grande cineasta. Contente-se com seu prêmio de Cannes, Tarantino!
Melhor ator | Drama
Jeff Bridges | Crazy Heart
George Clooney | Amor sem escalas
Colin Firth | A single man
Morgan Freeman | Invictus
Tobey Maguire | Entre irmãos
Até agora sem favoritos, as opiniões divergem sobre quem é o melhor ator de 2009. Para início de conversa, era para Jeremy Renner, ator estreante de Guerra ao terror estar na lista. Mas colocaram Tobey Maguire (Peter Parker, em Homem-Aranha) só para fazê-lo perder, pois suas chances são mínimas. Até o quase esquecido Nelson Mandela de Morgan Freeman (Menina de ouro e Antes de partir) tem mais chances que o Maguire... Sem rancores! A disputa está mesmo entre "o cantor de country bêbado e fracassado" de Jeff Bridges (Homem de ferro), "o professor universitário gay que lamenta a morte de seu companheiro" de Colin Firth (O diário de Bridget Jones e Simplesmente amor) e "o conselheiro empresarial viajante" de George Clooney (11 homens e 1 segredo e Conduta de risco). Resta esperar...
Melhor atriz | Drama
Emily Blunt | The young Victoria
Sandra Bullock | O lado cego
Helen Mirren | The last station
Carey Mulligan | Educação
Gabourey "Gabby" Sidibe | Preciosa
Outra que já pode ficar de pé quando anunciarem as indicadas à categoria: Carey Mulligan, a nova princesinha de Hollywood. A jovem de 24 anos interpreta uma jovem de 16 anos, que vive em Londres em 1861. Ela vive um dilema após conhecer um charmoso de homem de 30 e poucos anos, pois terá que decidir se segue o aprendizado formal de Oxford ou a educação ensinada pela vida. Profundo! Diante da magnitude da atuação de Mulligan, ao resto basta apenas um breve comentário: Sandra Bullock é a treinadora de um adolescente pobre que se torna jogador de futebol, Emily Blunt é a rainha Victoria no início do poder e Helen Mirren é Sofya Tolstoy num filme sobre o escritor Leo Tolstoy. Destaque para Gabourey Sidibe em seu papel de estréia como a adolescente pobre, gorda e burra e que está arrancando muitas lágrimas dos críticos.
Melhor ator | Comédia ou Musical
Matt Damon | O desinformante!
Daniel Day Lewis | Nine
Robert Downey Jr. | Sherlock Holmes
Joe Gordon Levitt | (500) dias com ela
Michael Stuhlbarg | Um homem sério
Bom, favorito ainda não há. Talvez porque quasenão interesse ao Oscar essa categoria. Mas se fosse para apostar em alguém, seria ou Daniel Day Lewis (Gangues de Nova York e Sangue negro) como "o diretor e suas várias mulheres" ou Michael Stuhlbarg que está no novo (e bizarro) filme dos irmãos Coen (Onde os fracos não tem vez e Queime depois de ler). Michael é um homem que está cheios de problemas, como o divórcio, o emprego frustrante como professor e o irmão que mora com ele. Tudo tende ao limite da loucura! Sobre os demais: Matt Damon (Gênio indomável) é um atrapalhado espião que investiga uma fábrica de milhos, Robert Downey Jr. (Trovão tropical e Homem de ferro) é mais um Sherlock Holmes e Joe Gordon Levitt (10 coisas que eu odeio em você) é o tal garoto apaixonado, em uma primorosa atuação.
Melhor atriz | Comédia ou musical
Sandra Bullock | A proposta
Marion Cotillard | Nine
Julia Roberts | Duplicidade
Meryl Streep | Simplesmente complicado
Meryl Streep | Julie & Júlia
Ano de Meryl Streep (O diabo veste Prada e Dúvida)!! Ela como Júlia Child está no mínimo sublime! Anotem aí! Mas as outras são muito boas também. Sem desmerecer ninguém. Sandra Bullock como a canadense que tem que casar para não ser deportada, a Marion Cotillard (Piaf - Um hino ao amor e Inimigos públicos) perfeita como a mulher do diretor Guido Contini, Julia Roberts linda como uma agente da CIA e... OH! Meryl Streep de novo! Dessa vez em um vértice de um triângulo amoroso! Mas esse é o ano de Júlia Child!
Melhor ator coadjuvante
Matt Damon | Invictus
Woody Harrelson | The messenger
Christopher Plummer | The last station
Stanley Tucci | Um olhar do paraíso
Christoph Waltz | Bastardos inglórios
É um ano de três favoritos para ator coadjuvante! Primeiro os "sem-chance" Matt Damon, vivendo um treinador de futebol durante o governo de Nelson Mandela, e Christopher Plummer, como o Leo Tolstoy. Já entre os mais bem-aventurados está Woody Harrelson (2012 e Onde os fracos não têm vez), que em The Messenger é Tony Stone, um dos homens do governo que noticiam falecimentos às famílias do soldados que estão no Iraque. Stanley Tucci (O diabo veste Prada) brilha no novo filme de Peter Jackson (trilogia O Senhor dos anéis), que conta a história de uma menina assassinada que acompanha do céu a forma como sua família segue suas vidas. E por último o iniciante e já experiente Christoph Waltz, que encarna o Coronel nazista Hans Landa e toda a crueldade que possa suportar. Christoph recebeu o prêmio de melhor ator no festival internacional de Cannes e é quase aposta certa ao Oscar. Surpresa foi não ver Alfred Molina (Homem-Aranha 2 e Frida) na lista, pois ele está brilhante em Educação. Quem sabe no Oscar...
Melhor atriz coadjuvante
Penélope Cruz | Nine
Vera Farmiga | Amor sem escalas
Anna Kendrick | Amor sem escalas
Mo´nique | Preciosa
Julianne Moore | A single man
Outra categoria difícil, pois ambas se destacaram bem em ambientes aos quais não estão acostumadas. Anna Kendrick saiu de Crepúsculo especialmente para Amor sem escalas e a jovem está recebendo muitos elogios como o par de George Clooney no longa. Mo´nique é outro peixe fora d´água, pois ela é uma comediante que queria ser atriz. E logo em um dos seus primeiros papéis, pegou o de uma mãe irritada que bate na filha com uma panela (frigideira, para ser mais específico). Sua ascensão de prestígio está rendendo muitos prêmios à ela. Já as outras merecem imenso respeito pelas suas atuações, tal como Penélope Cruz (Abraços partidos e Vicky Cristina Barcelona) sendo a amante de Guido Contini. Ou Vera Farmiga ao lado de George Clooney. E até Julianne Moore (Ensaio sobre a cegueira) toda bela apoiando o amigo professor homossexual.
Melhor roteiro
Distrito 9
Guerra ao terror
Simplesmente complicado
Amor sem escalas
Bastardos inglórios
É complicado escolher algum deles, mas acho que vai sair ou Guerra ao terror ou Amor sem escalas. É difícil dizer, pois os críticos apóiam muito mais um roteiro bem escrito a um bem bolado...
Melhor filme de animação
Tá chovendo hamburguer
Coraline e o mundo secreto
O fantástico Sr. Raposo
A princesa e o sapo
Up - Altas aventuras
Por um lado, há o brilhantismo da Pixar, um tanto quanto ofuscado nesse novo trabalho. Do outro há a imensa propaganda feita ao redor do Sr. Raposo. Mas vamos por parte. Tá chovendo hamburguer é a história de um bem-intencionado cientista que deseja acabar com a fome no mundo, mas acaba gerando graves consequências. Coraline e o mundo secreto conta a fantástica saga de uma jovem que encontra um outro mundo similar ao seu em uma portinha de sua casa. O Fantástico Sr. Raposo é sobre uma família de raposas que está sendo perseguida por um grupo de fazendeiros. A princesa e o sapo revoluciona ao apresentar a primeira princesa negra da história da Disney. A Disney volta às origens, fazendo um filme em 2D. E Up - altas aventuras conta a triste história de um velhinho que monta balões no telhado de sua casa e levanta voo rumo à América do Sul.
Melhor filme de língua estrangeira
Báaria | Itália
Abraços partidos | Espanha
A criada | Chile
O profeta | França
A fita branca | Alemanha
O vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes versus o novo filme do Almodóvar. A tensão está possivelmente entre esses dois filmes. Báaria é do mesmo diretor de Cinema Paradiso e trata de três gerações de famílias na Itália. Abraços partidos é sobre um roteirista de cinema cego que relembra sua história de amor vivida há 14 anos, depois que um fantasma do seu passado o assombra. A criada narra a história de uma repulsiva babá que não gosta de concorrência no seu emprego. Um profeta trata sobre um presidiário esperto que se envolve com lutas de gangues. E A fita branca conta os estranhos acontecimentos que acontecem em uma pequena cidade da Alemanha, em uma época próxima à Primeira Guerra Mundial.
Melhor trilha musical
Up - Altas aventuras
O desinformante!
Avatar
A single man
Onde vivem os monstros
Difícil argumentar acerca disso, mas a partir do que já foi mostrado, Up e A single man têm grandes potencias.
Melhor canção
Cinema Italiano - Nine
I want to come home - Todos estão bem
I see you - Avatar
The weary kind - Crazy Heart
Winter - Entre irmãos
Os gêneros variaram muito nessa categoria, mas os que mais se destacaram foram Cinema Italiano, cantada por Kate Hudson, e Winter, pela banda irlandesa U2. As outras são bonitas, mas não surpreendem tanto. Como as tristes I want to come home, do Paul McCartney, e I see you, de Leona Lewis. Ou a country melancólica The weary kind, de Ryan Bingham.
Bom pessoal, até a próxima atualização. Divirtam-se!
Assinar:
Postagens (Atom)