domingo, 27 de dezembro de 2009

Dois senhores solitários

Cidadão Kane (1941), de Orson Welles. Com Orson Welles.
O que falar de um dos filmes mais importantes para a história do cinema? Não há dúvida e não há ninguém que conteste o tremendo sucesso que a história de Charles Kane causou à indústria cinematográfica há mais de cinquenta anos e que se mantém inalteradamente imortal com o passar das décadas. Blockbusters vêm, adaptações vão, e ainda assim a trama criada pelo ator, diretor e roteirista Orson Welles (Verdades e mentiras e Baladas à meia-noite) continua no alto do pódio das melhores produções. Logo no início, já se nota o ar de mistério que o filme traz, ao ser pronunciada a última palavra da vida de Charles Kane: Rosebud. A busca pelo seu significado fará um jornalista determinado a investigar todo o passado do falecido, mostrando a partir de diários e depoimentos toda a construção do imenso império erguido do nada pelo milionário e que, ainda assim, vivia uma vida solitária e triste. Espetáculo em todos os sentidos, o filme é muito mais que só um filme. É uma obra-prima com muita inteligência e que realmente prende a atenção do espectador para o maior enigma que o cinema já proporcionou: O que é Rosebud?
Avaliação: 9,0

Encontros e desencontros (2003), de Sofia Coppola. Com Bill Murray.
Sofia Coppola (As virgens suicidas e Maria Antonieta) lançou seu filme de maior sucesso em um ano com grandes estreias, como o terceiro volume do Senhor dos Anéis ou o nacional Cidade de Deus. Mas, mesmo com essa intensa competição no mercado, ela conseguiu seu lugar na lista dos melhores de 2003 e alavancou sua carreira de maneira significativa. No entanto, há de convir que o mais ilustre em Encontros e desencontros está no elenco, e não no roteiro. Bill Murray (As panteras e Feitiço do tempo), como o talentoso e solitário ator que viaja à Tóquio para fazer um comercial de uísque, e Scarlett Johansson (Vicky Cristina Barcelona e A ilha), como a esposa do fotógrafo workaholic, brilham pelas ruas e restaurantes do Japão. O enredo gira basicamente ao redor da estranha amizade que surge entre eles e que, mesmo demorando para acontecer, reserva algumas surpresas até o final do filme. Sem prolongar muito, a história é conveniente a quem quer sair do marasmo dos longas com muita pirotecnia e pouco assunto. Vale a pena conferir, se não pelos atores ou pela história, que sejam pelas belas paisagens de Tóquio.
Avaliação: 6,5

3 comentários:

  1. O elenco conta muito, mas o roteiro é essencial. De nada adianta um amontoado de estrelas que pode até engrandecer a expectativa pelo filme, mas deixa a desejar na história.

    Nota merecida para os dois filmes. Os clássicos são sempre clássicos ;D

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  2. victor, selecionarei duas resenhas daqui para a desenredos 4, ok?

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  3. Já tinha escutado falar do 1 misterio de50 anos.
    E quanto ao filme 2 como é que tu consegue falar tão bem do filme e dar nota 6,5 ??O__O
    uahuahuah
    de qualquer forma, obrigada pelas informacões, como sempre, são as mais confiaveis.

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